quinta-feira, 7 de maio de 2020

RODÍZIO MAIS RIGÍDO EM SÃO PAULO

Medida divide veículos em grupos com placas com finais pares e ímpares, e valerá para toda a cidade de São Paulo por 24h e pode valer toda a quarentena


O desafio de estimular a população a permanecer em casa durante a quarentena levará a cidade de São Paulo a adotar rodízio de automóveis mais rigoroso que o praticado usualmente a partir da próxima segunda-feira (11).
QUATRO RODAS teve acesso ao rascunho do decreto que institui o chamado “Rodízio Extraordinário de Veículos”. O decreto definitivo foi publicado no final da manhã desta quinta-feira (7).
O texto estabelece rodízio todos os dias da semana e em toda a cidade de São Paulo, baseando-se no último dígito das placas: veículos com final par circulam em dias pares e os com finais ímpares circulam em dias ímpares.
A medida valerá mesmo em finais de semana e feriados, das 0h às 23h59.
É um modelo de rodízio bem diferente daquele praticado na cidade desde 1997 – e que está suspenso desde o início da quarentena -, que restringe a circulação de cada veículo em apenas um dia da semana, nos horários de pico e apenas na região do centro expandido.
Pelo novo modelo, um mesmo automóvel ficaria proibido de circular por até quatro dias da semana em todas as vias urbanas da cidade.
 Reprodução/Quatro Rodas
As exceções que já valiam para o rodízio municipal seguem valendo. Desta forma, veículos de transporte público, motocicletas, transporte escolar, guinchos e veículos de serviços públicos essenciais estão isentos à medida, assim como veículos com permissão especial de circulação, híbridos e elétricos estão isentos. 
A novidade é que agora a será ampliada para os profissionais de saúde. Contudo, será necessário fazer um cadastro pelo e-mail: isencao.covid19@prefeitura.sp.gov.br em até 10 dias. Todas as multas de rodízio no período serão canceladas, mas se o cadastro não for feito no prazo o cancelamento só será possível por meio de recurso.
Caberá ao Departamento de Operações do Sistema Viário (DSV), por meio de agentes de trânsito, a fiscalização do cumprimento das restrições. Será aplicada somente uma multa por dia para o mesmo veículo, independente do número de vezes que for flagrado nas ruas. 
O rodízio extraordinário valerá enquanto o estado de necessidade, declarado em 16 de março, estiver vigente. Contudo, caberá ao secretário de transportes da cidade, Edson Caram, avaliar a necessidade de suspensão, alteração ou cancelamento da medida. 

BOLSONARO

A revista médica britânica “The Lancet”, que existe há 196 anos e é uma das mais respeitadas do mundo em sua área, publicou nesta quinta-feira (7) um editorial em que faz um panorama da situação brasileira em relação ao novo coronavírus e afirma que "talvez a maior ameaça à resposta à Covid-19 para o Brasil seja o seu presidente, Jair Bolsonaro".
Editorial é o nome dado ao artigo que representa a opinião do veículo de comunicação que o publica.
"The Lancet" destaca como preocupante no Brasil o fato de "a estimativa da taxa de duplicação do número de mortes ser apenas de 5 dias", além de "ser o país com a mais elevada taxa de transmissão" entre 48 avaliados pelo Imperial College de Londres.
O presidente brasileiro, diz o editorial, semeia "confusão, desprezando e desencorajando abertamente as sensatas medidas de distanciamento físico e confinamento introduzidas pelos governadores de estado e pelos prefeitos das cidades", além de ter perdido dois importantes ministros -- Luiz Henrique Mandetta e Sérgio Moro.
Relembrando a reação de Bolsonaro com a frase "E daí? Lamento, quer que eu faça o quê?" quando questionado sobre o rápido aumento das mortes no país, "The Lancet" afirma: "O Brasil como país deve unir-se para dar uma resposta clara ao 'E daí?' do presidente. Bolsonaro precisa mudar drasticamente o seu rumo ou terá de ser o próximo a sair".
Veja abaixo a íntegra do editorial da "The Lancet":
COVID-19 no Brasil : “ E daí ?”
A epidemia da Covid-19 atingiu a América Latina mais tarde do que outros continentes. O primeiro caso registado no Brasil foi em 25 de Fevereiro de 2020. Mas agora, o Brasil tem o maior número de casos e mortes por Covid-19 na América Latina (105 222 infecções e 7288 casos, respectivamente, registrados no dia 5 de Maio), e estes números provavelmente representam uma enorme subestimativa. Ainda mais preocupante é o fato de a estimativa da taxa de duplicação do número de mortes ser apenas de 5 dias, e de o Brasil ser o país com a mais elevada taxa de transmissão (R0 de 2.81), de acordo com um estudo recente do Imperial College (Londres, Reino Unido) que analisou a taxa ativa de transmissão do COVID-19 em 48 países.
Neste momento, cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro são os principais focos, mas há sinais de que a infecção está se deslocando para o interior dos estados, onde estão localizadas cidades menores, sem provisões adequadas de leitos com cuidados intensivos e ventiladores. Ainda assim, talvez a maior ameaça à resposta à Covid-19 para o Brasil seja o seu presidente, Jair Bolsonaro. Quando na semana passada os jornalistas o questionaram sobre o rápido aumento de casos, ele respondeu: “E daí? Lamento, quer que eu faça o quê? " Ele não só continua semeando confusão, desprezando e desencorajando abertamente as sensatas medidas de distanciamento físico e confinamento introduzidas pelos governadores de estado e pelos prefeitos das cidades, mas também perdeu dois importantes e influentes ministros nas 3 últimas semanas.
Primeiro, no dia 16 de abril, Luiz Henrique Mandetta, o respeitado e estimado ministro da Saúde, foi despedido na sequência de uma entrevista televisiva, na qual ele criticou fortemente as ações de Bolsonaro e apelou para uma voz de unidade para evitar que os 210 milhões de Brasileiros fiquem totalmente confusos. Depois, no dia 24 de Abril, na sequência da exoneração do diretor geral da Polícia Federal por Bolsonaro, o ministro da Justiça Sérgio Moro anunciou a sua própria demissão.
Mesmo sem ações políticas em nível federal, o Brasil teria um desafio difícil no combate à Covid-19. Cerca de 13 milhões de brasileiros vivem em favelas, que frequentemente têm casas com mais de três pessoas por cômodo e reduzido acesso a água limpa. Recomendações para distanciamento físico e higienização são praticamente impossíveis de seguir nestas condições. Mesmo assim, várias favelas se organizaram para implementar medidas da melhor forma possível.
O Brasil tem um setor de emprego informal bastante grande, em que a maior parte das fontes de rendimento deixaram de ser opção perante as medidas implementadas. A população indígena já estava sob ameaça séria mesmo antes da chegada da Covid-19 porque o governo tem ignorado ou até incentivado a exploração ilegal de minas e de madeira na floresta amazônica. Agora há o risco destes mineiros e madeireiros introduzirem esta nova doença em populações remotas. Uma carta aberta publicada em 3 de maio, escrita por uma coligação global de artistas, celebridades, cientistas, e intelectuais, e organizada pelo fotojornalista Sebastião Salgado, alertou para um genocídio iminente.
E como tem reagido a comunidade científica e a sociedade civil, num país conhecido pelo seu ativismo e franca oposição à injustiça e desigualdades, e onde a saúde é um direito constitucional? Muitas organizações científicas, como a Academia Brasileira de Ciências e a Abrasco, há muito se opõem a Bolsonaro por causa dos cortes drásticos no financiamento da ciência e pela destruição da segurança social e serviços públicos em geral.
No contexto da Covid-19, muitas organizações lançaram manifestos dirigidos ao público, como por exemplo o “Pacto pela vida e pelo Brasil”, e escreveram declarações e apelos a oficiais do governo pedindo unidade e soluções conjuntas. Protestos da população são frequentes e incluem bater em panelas nas varandas durante comunicações da Presidência. Há muita pesquisa a ser feita, desde as ciências básicas à epidemiologia, e há uma produção rápida de equipamentos de proteção individual, respiradores, e kits de teste.
Estas são ações esperançosas. Contudo, a liderança no nível mais elevado do governo é crucial para rapidamente evitar o pior nesta pandemia, como tem sido evidenciado em outros países. Na nossa série de artigos publicados sobre o Brasil em 2009, os autores concluíram: “Em última análise, o desafio é político, exigindo o envolvimento contínuo da sociedade brasileira como um todo, para garantir o direito à saúde de todo o povo brasileiro.” O Brasil como país deve unir-se para dar uma resposta clara ao “E daí? “ do presidente. Bolsonaro precisa mudar drasticamente o seu rumo ou terá de ser o próximo a sair.

COVID-19

O coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada por um novo vírus.
Ele causa problemas respiratórios semelhantes à gripe e sintomas como tosse, febre e, em casos mais graves, dificuldade para respirar. Como prevenção, lave as mãos com frequência e evite tocar o rosto e ter contato próximo (um metro de distância) com pessoas que não estejam bem.

TRANSMISSÃO
A principal forma de contágio do novo coronavírus é o contato com uma pessoa infectada, que transmite o vírus por meio de tosse e espirros. Ele também se propaga quando a pessoa toca em uma superfície ou objeto contaminado e depois nos olhos, nariz ou boca.

domingo, 27 de abril de 2014

Sentimentos

Agora tá doendo muito, hoje é um dia em que estou no meu quarto, na minha cama, assistindo a 4a temporada de the vampire diaries. Estou sentindo que aqui dentro dói, e dói muito. Apesar de meu dia ter sido bem legal, divertido e apaixonante estou me sentindo estranha.  A família machuca, e as pessoas que eu quero tanto falar as vezes me ignora...
Meus sentimentos estão abalados e meus olhos cheio de lágrimas, precisava falar ou gritar, e a maneira que eu achei para fazer isso é escrevendo.
Talvez eu precise de ajuda para que eu não exploda.
Meus 17 anos estão no final e eu me sinto como uma garotinha boba e apaixonada.

sábado, 19 de abril de 2014

Apenas um eu

E aquele velho dilema de que "não preciso do que não tenho". Sim, é real. Hoje tenho 17 anos, e há um bom tempo não apareço por aqui. Por adquirir coisas que não preciso, sendo elas materiais ou não, me distanciei de coisas que realmente importam para o meu crescimento psicológico. Cometi muitos erros, erros pelos quais não me arrependo, pelos simples fato de me ajudarem na minha formação atual... 
Me tornei uma pessoa dependente de algo que não preciso, e não consigo me livrar disso... esse vício se chama comodidade, não consigo mais conciliar tantas coisas que concilie por tanto tempo. 

Espero que estando ciente de tudo, consiga mudar minhas atitudes. Ou melhor, irei mudar minhas atitudes! Estou determinada a isto.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Renascer




Todas manhãs ele está ali

Renascendo em chamas

Nos aquecendo 

Trazendo Vida 

Colorindo e alegrando o nosso dia 

E assim segue todos os dias... 

Que nossas vidas renasçam 

a cada manhã junto com ele 

Que possamos renascer diariamente 

para 

Uma nova vida.

Um novo amor. 

Um novo olhar.